A história do Ateliê Azu começou com o artista plástico Elcio Torres. Há sete anos ele tinha um ateliê na região de Pinheiros. Na época, ele queria fazer algo diferente, então decidiu ensinar sua arte na região leste de São Paulo, mas precisamente na comunidade de Vila Nossa Senhora Aparecida, em Ermelino Matarazzo.
O artista passou a ministrar oficinas sobre cerâmicas artesanais para a comunidade. Crianças e jovens eram maioria. Élcio percebendo o interesse tomou uma decisão, fechou o ateliê na zona oeste e decidiu reabri-lo dentro da comunidade. No meio desta empreitada chamou um de seus alunos para sócio e foi assim que Leandro Araujo entrou no negócio.
Os dois juntos começaram a reescrever a história não somente das pessoas da região, mas das ruas, vielas e muros da comunidade com as intervenções em cerâmica. “A inserção do ateliê dentro da comunidade foi muito natural. Hoje somos um dos poucos ou únicos a fabricar cerâmicas artesanais dentro de uma comunidade”, explica Elcio.
Em parceria com outros artistas e com o apoio do Fundo, o negócio tende a crescer. “Com o aporte financeiro queremos impulsionar o negócio. Para isso, organizaremos uma equipe de vendas que será formada por moradores da comunidade.” Os cursos de capacitação também têm auxiliado nesta reestruturação da empresa.
“É preciso criar base para crescer.” E é assim que esses microempreendedores artistas, norteados por valores sociais querem contribuir com o desenvolvimento sustentável da comunidade a qual estão inseridos.